jueves, 24 de septiembre de 2015

Breve opinião sobre a Igreja Católica e sua influência no desenrolar da escravidão indígena

 Desde já deixo claro que mesmo que eu conseguisse buscar todos os documentos históricos possíveis para tentar provar algo, ainda assim não seria suficiente, afinal a história não é uma regra, não é 100% verdadeira, deve ser usada como ferramenta e não como verdade absoluta. Pois devemos estar cientes de que a história é contada por pessoas e dependendo do que essas pessoas pensam personagens podem desaparecer, criminosos podem virar heróis, etc. Por isso sempre deve ser usada como base, mas não como a verdade universal.
Eu não sou o tipo de pessoa que acredita em tudo, mas sim que quase tudo pode ser possível, afinal não me imagino brincando de atirar raios com Zeus (risos). Dessa maneira posso até crer que uma opinião é verdadeira, mas para isso tenho que investigar para averiguar a seriedade dessas afirmações.
Falando-se de Brasil e Espanha, em relação a expansão marítima, onde havia uma busca incessante de novos territórios que pudessem aportar riquezas necessárias para manter as guerras, manter os impérios, etc. Nesse momento eram conhecidos e famosos, Portugal e Espanha, por sua história e desenvolvimento na área de navegação.
Os primeiros exemplos de influência da igreja para que se facilitasse o processo de exploração e escravização nas américas é o seguinte:
Através das bulas de Alejandro VI, ainda que não mencionasse a escravização de negros e índios, e no caso específico cito os índios, foi de grande influência para que se permitisse tal prática. Pois imagine que para dominar um território eles também tinham o dever de evangelizar o povo, que tinha sua religião, que não entendiam o que era, por exemplo, a santíssima trindade.

<<El papa Alejandro VI, que era valenciano, convirtió a la reina Isabel en dueña y señora del Nuevo Mundo [“las Indias” que posteriormente se llamaría américa]. La expansión del reino de Castilla ampliaba el reino de Dios sobre la tierra.>> (Galeano, Eduardo, Las Venas abiertas de América Latina).

Bula Papal inter caetera 1493
<<También llamada bula de partición, porque el Papa Alejandro VI determinó el futuro del Nuevo Mundo en ese documento, firmado el 4 de mayo de 1493. El Papa concedió a los Reyes Católicos la posesión de todas las tierras «halladas y por hallar» al oeste de una línea imaginaria situada entre el Polo Norte y el Polo Sur. El Papa pidió a los monarcas de ambos países que enviaran misioneros para convertir a los indígenas al cristianismo.>> (ABC.es).


Também existia o famoso Requerimiento, que era lido em voz alta ao chegar nas aldeias, ou em cima dos navios ou em cima de uma colina, e eram criados documentos para afirmar que os povos ali encontrados tinham sido avisados de todo o processo. Ou seja, estas pessoas tinham aval para fazer o que quisessem, e ainda métodos como este para justificar a prática, índios sem nem entender o que estava dizendo aquele povo estranho. E se não aceitassem, mesmo sem entender, os “evangelizadores” poderiam inclusive transformar seus filhos em escravos.

<<Y si así no lo hicieseis o en ello maliciosamente pusieseis dilación, os certifico que con la ayuda de Dios nosotros entraremos poderosamente contra vosotros, y os haremos guerra por todas las partes y maneras que pudiéramos, y os sujetaremos al yugo y obediencia de la Iglesia y de Sus Majestades, y tomaremos vuestras personas y de vuestras mujeres e hijos y los haremos esclavos, y como tales los venderemos y dispondremos de ellos como Sus Majestades mandaren, y os tomaremos vuestros bienes, y os haremos todos los males y daños que pudiéramos, como a vasallos que no obedecen ni quieren recibir a su señor y le resisten y contradicen; y protestamos que las muertes y daños que de ello se siguiesen sea a vuestra culpa y no de Sus Majestades, ni nuestra, ni de estos caballeros que con nosotros vienen.>>

(Parte do texto Requerimiento)

Mesmo que depois, diga-se de passagem mais ou menos 100 anos, fosse proibido a escravização do índio na América, ainda assim ele/ela era obrigado(a) a se converter em cristão. Claro que houveram muitos excessos, afinal a intenção era evangelizar, fazer acreditar em deus, mas sem matar, o problema é que estavam matando e isso era ruim. Mas não significa que a vida dos indígenas deveria ser melhor. Eles eram obrigados a trabalhar para construir as igrejas, as escolas, os prédios das prefeituras por exemplo, juntos ao escravo negro, pois você deve bem saber que para colonizar era preciso construir tudo do zero, e quem iria “ajudar” a construir? Os índios (e negros). Eles tinham que trabalhar e em troca eram evangelizados, “educados” e recebiam o que comer (porque afinal de contas parece que eles morriam de fome alí, mesmo tendo “um supermercado inteiro ao ar livre”), além disso poderiam ser livres, mas tinham que pagar um imposto ao colonizador por isso, a chamada encomienda.




<<La encomienda consistía en la entrega de un grupo de indígenas a un español para su "protección, educación y evangelización" a cambio de cobrar (el encomendero) un tributo. El deber de los encomenderos era entonces instruir al indígena en la fe católica y hacerles hábitos de buenas costumbres:
[...]para que os sirváis dellos conforme a las ordenanzas reales e con que dejéis, a los caciques, sus mujeres e hijos e indios de su servicio, e con que los dotrinéis e hagáis dotrinar en las cosas de nuestra santa fe católica, como Su Majestad lo tiene mandado[...]

En la segunda mitad del siglo XVI, las encomiendas fueron limitadas legalmente a un tributo calculado mediante la multiplicación del número de tributarios por la cantidad que cada uno tenía que pagar. Hacia mediados del siglo XVI, la emigración española hacia el nuevo Mundo alcanzó niveles elevados y de manera acelerada aparecieron pueblos de españoles, generando una demanda de alimentos, en particular aquellos productos que todavía los agricultores indígenas no podían suministrar, como carne, trigo, azúcar y vino.>> Leer más: http://www.monografias.com/trabajos14/sistemaencomienda/sistemaencomienda.shtml#ixzz3YdOj86o7

<<Inicialmente la Santa Sede, inicialmente, aceptó sin dificultades la esclavitud de los indígenas. Nicolás V, por ejemplo, el 16 de junio de 1454, con el breve Divino amore communiti (título que suena hoy en día extraño a nuestros oídos) concedió al rey Alfonso de Portugal la facultad in pepetuam servitutem redigendi… Saracenos, paganus, infideles, et Christi inimicos.>> 
(López García, Thomás, Dos defensores de los esclavos negros en el siglo XVII…)
Sugiro que vejam o seguinte vídeo: 


Onde a historiadora trata de explicar a mentalidade da época. Não defendendo nem acusando, mas pondo em discussão o porquê de não existir essa bondade celestial vinda da igreja católica, que quem sabe fosse contra os excessos, mortes, mutilações, estupros, mas era omissa em relação a exploração da mão de obra dos escravizados, isso por não dizer que muitos da igreja acabavam se beneficiando da prática.
A fato de hoje a igreja tentar se defender não significa que não tem culpa ou que, no mínimo, isso sendo bonzinho, não foi omissa.
É só você analisar as opiniões sobre como interpretam as passagens bilbicas de diferentes formas ou como opinam sobre diversos assuntos de diferentes maneiras com o passar dos séculos (e a ciência tem bastante peso nisso). 
Minha intenção não é fazer você reconhecer que é verdade o que eu digo, mas sim provar que o outro lado existe e se você tentar explicar a religião com base na religiosidade e vendo só o seu lado você não entenderá o problema que causaram a humanidade com simples decisões no passado. Por mais que não houvesse, o que eu não acredito, interesse por parte da igreja, ainda assim, nesses simples documentos assinados que davam o direito de posse a países, simplesmente por se dizerem “descobridores”, já vemos que os destinos de muitas culturas se viram prejudicados (cultura inca e asteca, por exemplo).

Sem citar o envolvimento como o nazismo, que hoje dizem terem sido enganados por Hitler e que por isso o apoiaram. Logicamente é direito de quem está sendo acusado se defender, mas não significa que todos irão crer, não significa que desaparecerá sua culpa, até porque as mesmas provas que usam para se defender são usadas para lhes acusar e nesse embate ao menos fica provado a inexistência de uma regra de como é ser católico ou de como se deve seguir a deus, porque é demonstrado que dependendo da época e dos princípios de cada um inserido na religião vemos que mudam as opiniões.



Minha experiência pessoal aqui na Espanha me mostrou um outro lado da influência da igreja em um momento triste por aqui. Foi o período da ditadura de Franco, que contou com o apoio da igreja e que ajudou a fuzilar dezenas, quiçá centenas de professores, os quais eram republicanos e contra o governo do ditador. Simplesmente porque se a Espanha continuasse sendo republicana a igreja perderia muitas regalias, deixaria de ter representação e influência na educação espanhola, por exemplo.
Sugiro que vejam o seguinte vídeo: 




Onde fala do papel da igreja no franquismo.
Jamais serei preconceituoso e intolerante com alguém que segue qualquer que seja a religião. Mas não sou inocente ao ponto de crer cegamente no que dizem. As religiões estão compostas de pessoas com opiniões diferentes e no final das contas pessoas sem conhecimento acabam seguindo as opiniões e preferencias dessas diferentes pessoas. Se existem pessoas de boa índole ou não, pois isso é normal no resto da sociedade, deveria ser normal numa religião, dessa maneira então se deveria gerar o sentimento de dúvida por parte dos seguidores de se realmente não deveriam fazer por si só os bons mandamentos aos quais creem e não depender de um guru, pastor, padre ou papa, para formalizar e seguir tais mandamentos.
Sugiro que veja o seguinte vídeo de um cara genial, Clovis de Barros:



Falou mano!

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